O que são as IRAS?
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições de saúde em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete a cada cem pacientes internados em países desenvolvidos e dez a cada cem em países em desenvolvimento adquirem alguma forma de IRAS.
Números alarmantes
- Europa: 4 milhões de casos por ano, resultando em cerca de 37 mil óbitos e custos de até €7 bilhões.
- EUA: 2 milhões de casos anuais, com 80 mil mortes e despesas de US$ 4,5 a US$ 5,7 bilhões.
- Brasil: A taxa média de infecção hospitalar é de 9%, com uma letalidade de 14,35%.
Principais tipos de IRAS
Os sinais e sintomas das IRAS variam de acordo com o microrganismo e a via de transmissão. Algumas das infecções hospitalares mais comuns incluem:
- Pneumonia Hospitalar
Afeta principalmente pacientes acamados ou com dispositivos respiratórios. Os sintomas incluem tosse com secreção, febre, dor torácica e falta de ar.
- Infecção Urinária
Comum em pacientes que utilizam sondas urinárias. Os sinais incluem dor ao urinar, febre e presença de sangue na urina.
- Infecção de Pele
Associada a feridas cirúrgicas, escaras e acessos venosos. Manifesta-se por vermelhidão, inchaço, dor e secreção purulenta.
- Septicemia (Infecção do Sangue)
Uma das formas mais graves de IRAS, ocorre quando uma infecção se espalha pela corrente sanguínea. Pode levar à falência dos órgãos e morte.
- Infecções de Centro Cirúrgico
Corresponde a 16% das IRAS e é responsável por um aumento de até sete dias no tempo de internação.
Causas e fatores de risco
Vários fatores contribuem para a disseminação das IRAS nos hospitais, incluindo:
- Sistema imunológico comprometido devido a doenças ou medicamentos.
- Procedimentos invasivos, como cateteres, sondas e cirurgias.
- Uso excessivo de antibióticos, que pode causar resistência bacteriana.
- Higienização inadequada de mãos, superfícies e equipamentos.
Como prevenir as IRAS?
A prevenção das IRAS requer um esforço coletivo entre gestores, profissionais de saúde, pacientes e visitantes. Algumas das principais medidas incluem:
1- Higienização das mãos
A OMS recomenda cinco momentos críticos para higienização das mãos:
- Antes do contato com o paciente.
- Antes de procedimentos asépticos.
- Após exposição a fluidos corporais.
- Após contato com o paciente.
- Após contato com superfícies próximas ao paciente.
2- Uso correto de EPIs
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são essenciais para minimizar riscos. Deve-se garantir que sejam certificados, adequados à atividade, bem armazenados e corretamente descartados.
3- Materiais de uso único
Campos cirúrgicos, aventais e luvas descartáveis ajudam a reduzir significativamente os riscos de contaminação cruzada.
Consequências das IRAS
As infecções hospitalares impactam tanto a segurança dos pacientes quanto a gestão hospitalar.
1. Aumento do tempo de internação
Pacientes com IRAS permanecem, em média, quatro dias a mais internados. Infecções de sítio cirúrgico aumentam o período de hospitalização em até 60%.
2. Riscos jurídicos
Hospitais podem ser processados por negligência no controle das IRAS, acarretando prejuízos financeiros e danos à reputação.
3. Altos custos financeiros
O tratamento das IRAS gera um custo adicional significativo. Estudos indicam que uma infecção hospitalar pode custar até R$ 265 mil por paciente.
As IRAS representam um grande desafio para a saúde pública, aumentando a morbidade, a mortalidade e os custos hospitalares. No entanto, com medidas eficazes de prevenção, como higienização correta das mãos, uso adequado de EPIs e investimento em materiais descartáveis, é possível reduzir significativamente a incidência dessas infecções.
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